Maria do Abílio

A história do distrito de Antônio Bezerra inclui a vida de dona Maria do Abílio.

Maria Alves de Freitas é o seu verdadeiro nome. Viúva de Abílio de Souza Freitas, ela foi mãe de 8 filhos, teve 70 netos, 89 bisnetos e 2 tataranetos.

Perdeu a mãe quando tinha apenas 15 dias de nascida. Seu pai, Raimundo Alves de Morais, era português e foi assassinado em meio a um seringal no Amazonas, quando procurava vender uma propriedade para retornar a Fortaleza, onde se casaria pela segunda vez,com uma cunhada.

Maria do Abílio é fundadora do time de futebol mais antigo de Fortaleza, o Rio Branco Esporte Clube.

Pobre, Maria do Abílio, que também foi tratada por "vovó" junto à comunidade de Antônio Bezerra, morou com um filho numa casa na rua Hugo Vitor, 576, defronte ao campo do Rio Branco, naquele distrito.

Em 1915, portanto, com cinco anos, ela foi morar com dona Maroca do Carmo Porto, esposa do comerciante Virgílio Porto, dono do Café pery, na praça do Ferreira e tia-avó do jornalista Demócrito Rocha, fundador do O POVO.

Foi babá de Zenaide, filha de Virgílio e de Albaniza, filha de Demócrito. Na época, as duas famílias moravam vizinho, na rua Major facundo. Ela costumava levar as duas meninas para o Cine Majestic.

Maria do Abílio nasceu numa casa em Antônio Bezerra, precisamente na avenida Mister Hull, onde hoje é a igreja de Jesus, Maria e José, construída em 1915 pelo capitão Antônio Bezerra de Menezes, nome dado ao bairro, antes conhecido por Barro Vermelho..

"Eu gostava muito, quando garota, de dançar valsa. Um dia levei um cascudo do Demócrito, porque ele me viu na porta de sua casa (rua Major Facundo) me beijando com um marinheiro" declarou rindo, acrescentando que demócrito e dona Creusa Rocha, gostavam muito dela.

Maria do Abílio Também foi babá de dona Albaniza Sarasate.