Porque o jovem è levado a consumir drogas? Vamos tentar responder essa questão.
Todo ser humano, em algum momento de sua vida, sente dentro de si um vazio profundo
e angustiante. Algo que dói, incomoda, e que, quase sempre, não sabemos explicar.

Como disse um grande filósofo: "é a última solidão do ser". Isso acontece porque
Deus, ao nos criar, deixou no mais profundo de nosso ser, um vazio, um espaço no
qual pudesse habitar.

Esse vazio é o vazio da espiritualidade. Quando, no seio da
família, uma criança não aprende que esse vazio só pode ser preenchido por uma
espiritualidade, ela vai crescer com esse espaço desocupado. Quando entra na fase da
adolescência ela começará sentir a dor desse vazio interior.

Nesse momento ela começará procurar algo que possa preencher esse espaço. Se, nessa fase, não
encontrar pessoas capacitadas que as ajude e oriente, ela passará a ser alvo fácil
das drogas. Geralmente o adolescente começa fazendo uso de drogas mais leves, tais
como o cigarro, bebida alcoólica e, mais tarde, não se sentindo satisfeito, passará
fazer uso de drogas mais violentas.

A grande verdade é que nossa sociedade inverteu os verdadeiros valores. Nossas famílias se tornaram usuárias de um tipo de droga que se chama televisão. Não têm mais tempo para o diálogo. O lar está se tornando uma espécie de pensão, onde pais e filhos vivem sob o mesmo teto mais não se encontram
mais.

Estão faltando espiritualidade, alegria, brincadeiras na vida da família, das
pessoas e da sociedade. Precisamos de professores que tenham coragem de ir além das
tarefas de ensinar o conteúdo dos livros e se tornem verdadeiros mestres, capazes de
passar para seus alunos experiência de vida, falar de espiritualidade, de Deus sem
receio e sem vergonha. Enquanto não colocarmos Espiritualidade nesse vazio interior
que possuímos, seremos eternos insatisfeitos.

Cada um buscando um tipo de droga que, ilusória e momentaneamente irá preencher esse espaço, mas nunca nos fará felizes. Tudo que colocarmos nesse vazio interior na tentativa de preenchê-lo, que não for espiritualidade, será algum tipo de droga.

Tudo que colocarmos nesse vazio interior na tentativa de
preenchê-lo, que não for espiritualidade, será algum tipo de droga. A impressão que
se tem é que vivemos no “melhor de todos os tempos”. Basta dar uma saidinha na rua
pra encher os olhos com uma juventude linda, cheia de vida, disposição e
distribuindo sorrisos dignos de atores e atrizes de cinema. Na verdade, nem sair de
casa é preciso.

Basta conectar-se a internet e entrar em um site como o Orkut para
ver milhares de belas pessoas, que se mostram sempre felizes e que muitas vezes
chegam a se autodenominar perfeitas. Os jovens de hoje têm mil habilidades. Cantam,
dançam, atuam, trabalham, estudam,... Têm um Universo de possibilidades das quais
aparentemente utilizam bem. Mas algo também lhes parece comum: a insatisfação e
aquela eterna sensação de vazio.

É praticamente impossível que nenhum deles não
tenha pensado pelo menos uma vez na morte, ou que não usem de artifícios para
“esquecer” de suas realidades. Citando mais uma vez o Orkut a coisa mais fútil para
mim que existe (digo para mim), que me parece uma boa fonte de pesquisa sobre
comportamento humano, pode-se perceber também que o número de pessoas que se
denominam tristes e solitárias é alarmante. Comunidades intituladas “Solidão”,
“Vazio Interior”, “Tristeza sem motivo” estão lotadas de pessoas a exemplo das que
citei anteriormente.

E tudo isso gira em torno, mais uma vez, daquele vazio que eu e
você sentimos. É como se a carga de sentimentos, emoções, responsabilidades e
cobranças nos tornasse cada vez mais frágeis e dependentes. Basta observar que as
festas de hoje são sempre regadas a bebidas alcoólicas e muitas vezes de outras
drogas, como sou uma mãe neurótica aviso mil vezes minha filha a tomar cuidado com
seu copo...Apesar da ilusão de que ser feliz é estar em baladas, se relacionar com
várias pessoas ao mesmo tempo, sorrir e exibir seus belos corpos; as pessoas não se
contentam com o ambiente ou a companhia.

É preciso fugir do vazio que tudo aquilo envolve, é preciso estar fora de mim pra se sentir feliz nesse mundo paralelo. As pessoas, em especial os jovens, estão se perdendo. Já não se reconhecem, já não sabe quem são e muito menos o que querem. O mundo de possibilidades que criamos nos
distanciou do que é realmente possível.

Ele nos faz sentir muito diante das outras
pessoas e nada diante de nós mesmos. Na dúvida, acabamos achando que esse buraco é
sinal de algum defeito, e que devemos preenchê-lo o mais rapidamente possível.
Perceba quantas “besteiras” acabamos fazendo na tentativa de preencher esse espaço
que tanto nos assusta. E então vem o CRACK, para te deixar mais louco ainda, o vazio
esta preenchido por minutos e depois por mais minutos... Droga maldita, Pode
transformá-lo em um mar de lamentações, e navegar por ele por toda uma vida, como se
fôssemos um navio fantasma rangendo nossas ferragens por aí. Mas podemos também...
...criar! Essa é a palavra-chave para transformar o vazio que existe dentro de nós
no espaço mais sagrado que um dia será capaz de adentrar.

Um exemplo clássico, é uma
dona de casa qualquer, em uma casa qualquer, acorda e olha ao redor... Os filhos já
se foram, o marido está trabalhando... Na solidão de sua vida decide cozinhar e assa
o mais delicioso bolo que uma mulher já foi capaz de fazer. E no vazio daquela casa
surge um aroma que a transforma imediatamente em um lar; quente, acolhedor, cheio de
amor.

A dona de casa fez a opção dela, ou se lamentava ou criava algo de bom... Não
existe ninguém perfeito, com uma vida perfeita, então todos nós em algum momento
vamos sentir aquele vazio, mas cabe cada um de nós, conduzirmos esse vazio para o
muro das lamentações ou para a criação de algo positivo. Quem sabe Mozart fazia suas
sinfonias quando sentia um vazio dentro de si? Ou seu filho já tem todos os jogos
mais modernos existentes, PC, e ainda sente aquele vazio interior, faça uma coisa
nova, saia com ele, vai andar na praia, ou nas ruas de Fortaleza fazendo ver e
sentir o lado bom da vida chame para ir ao cinema, ou ao teatro assistir uma peça
com o Rei RICARDO GUILHERME, que deixa qualquer ser humano de bem com a vida,crie,
crie,Como já dizia Renato Russo “Quero me encontrar, mas não sei onde estou. Vem
comigo procurar algum lugar mais calmo, longe dessa confusão e dessa gente que não
se respeita. Tenho quase certeza que eu não sou daqui”.