Nossa sociedade cada vez mais individualista, onde a filosofia de vida das pessoas é "cada um por si e Deus por todos", é mais fácil se entreter com celulares, MP3, tablets e outros acessórios tecnológicos que encarar a realidade que teima em continuar existindo além do mundo virtual, as pessoas estão tão adoecidas que procuram sexo por internet " tipo grupos de orgias " grupos de Facebbok, tudo muito doente mesmo .
Para a civilização contemporânea, a felicidade é momentânea e se resume apenas no poder de compra, no ter, possuir, e seguir no círculo vicioso do consumismo. É preferível comprar um carro novo todo ano a passear com a família. Ora, se para comprar o tal carro for necessário trabalhar mais, não vai sobrar tempo para a família. É preferível conversar pelo MSN com alguém da Austrália a sair e se divertir com os amigos. A resposta para isto é muito óbvia; por mais que a pessoa do outro lado do mundo seja desagradável, não será necessário olhar em seus olhos e falar a verdade.
Nesses novos tempos, o consumismo é a razão de existir. E o medo de não ser aceito nesta nova sociedade só aumenta, pois é necessário ter aquele tênis que está na moda e possuir aquela calça daquela marca badalada, senão o grau de invisibilidade pode aumentar. O problema é que aquele tênis pode até estar na moda hoje, mas amanhã uma outra marca concorrente lançará outro tênis ainda mais "fashion". O que fazer? Trabalhar cada vez mais para comprar o novo tênis e fazer sempre o maior sacrifício para não sair da moda, como essa estória de celulares, todos os anos você é obrigado a ter o novo modelo...
As pessoas preferem trabalhar mais para ter a trabalhar menos para conviver. Existe um dito popular que expressa bem essa tese: "O homem durante e maior parte da sua vida, perde a saúde para ganhar dinheiro. E passa o restante dela gastando todo o dinheiro que ganhou para recuperar a saúde". Contraditório? Sim, é contraditório; mas é a realidade. Quantos casamentos não foram destruídos graças à ganância? Quantos filhos não odeiam seus pais, que por terem uma rotina de trabalho diária, não deram a atenção necessária? Quantas amizades não foram esquecidas porque as pessoas não tinham tempo para interagirem? Mudanças simples resolveriam todos esses problemas. É só mudar do ter algo para o ser alguém.
E como conseqüência de tantas escolhas distorcidas, surgiu uma doença que se tornou "o mal do século": a depressão. Somos tão egoístas e nos focamos tanto no ter que esquecemos que precisamos do outro. E quando nos lembramos deste detalhe tão importante, já é tarde. Contudo, a solução parece ser tão simples que não aceitamos. Ser feliz é tão simples, tão prático e eficaz que deveria ser lei, mas está cada vez mais se tornando uma utopia. Afinal para ser feliz não é necessário luxo e consumo compulsivo então não é lucrativo nem necessário para existir, pois se consumo logo existo. Só não se sabe até quando.