A Humanidade é uma só, desunida, podre , que juntamente com outros seres animais, vegetais e minerais, habitam este mesmo planeta. Degradar o equilíbrio, já de si muito precário, entre os diferentes seres e forças da natureza, é um erro que a inteligência humana deve corrigir de imediato e evitar no futuro.
Na Páscoa, mas não só, a confraternização entre crentes das diferentes religiões é possível, basta que se respeitem, que se aceitem as convicções, a fé e os rituais dos diferentes, que se congreguem as convergências e assumam as diferenças, sem hostilidades, porque, afinal, ainda está por se provar qual a religião que é dona da verdade absoluta.
Neste mundo complexo, difícil, com pessoas falsas e maldosas ,conturbadas e, por vezes, sem rumo, o que se verifica, em alguns pontos do planeta, é que os conflitos políticos, estratégicos, religiosos, económicos e até de natureza financeira, têm de ser resolvidos pela força do diálogo e nunca pela violência das armas que, estas sim, destroem tudo por onde passam: crianças, mulheres, idosos, pessoas inofensivas e frágeis, que não pediram para nascer, nem para vier sob a ameaça dos poderosos meios bélicos.
A Páscoa é um tempo especial, o tempo para se ressuscitar os valores religiosos mais consentâneos com a civilização moderna, humanista e defensora dos deveres e direitos humanos, mas para isso o diálogo entre religiões, a política e a economia, tem de ser melhorado, aprofundado e sempre aperfeiçoado, com medidas justas, que proporcionem paz, tranquilidade, conforto e felicidade.
"Rentabilizar" as potencialidades que a Páscoa pode facultar, estará ao alcance de cada pessoa, na sua quota-parte de responsabilidade mas, principalmente, caberá aos líderes mundiais, religiosos, políticos e financeiros, coadjuvados pelos seus colegas nacionais e locais, tudo fazer para, de uma vez por todas, eliminar as atrocidades que se vêm cometendo, que provocam desemprego, fome, miséria, alienação da pessoa humana e, finalmente, em muitas situações-limite, a morte.
A Páscoa deverá ser, também, a festa da "ressurreição" dos valores humanistas universais, um tempo de indulgência e reconciliação, em todos os aspetos inerentes à condição humana, na medida em que há erros que se cometem que apenas uma entidade divina tem poderes para perdoar e, ainda assim, no que ao ser humano respeita, absolver não significa esquecer, porque com o perdão pretende-se dar uma nova oportunidade a quem nos magoou e ofendeu.
Por isso vou mais além as pessoas que tentam nos magoar merecem nosso perdão. A lei do retorno vem para todos, principalmente a quem rouba o dinheiro dos mais necessitados.