
Enfrentar a discriminação etária exige uma nova compreensão do envelhecimento por todas as gerações sobre essa fase da vida. Precisamos eliminar os conceitos desatualizados de pessoas mais velhas como fardos e reconhecer a diversidade da experiência da velhice e as desigualdades do preconceito etário.
As pessoas com mais idade continuam sendo produtivas. Atualmente, as empresas estão abrindo vagas exclusivas para pessoas com mais de 65 anos, a experiência acumulada pode agregar muito para a organização, como mostra o filme 'Um Senhor Estagiário', com Robert De Niro e Anne Hathaway. Para combater o etarismo é necessário se policiar assim como todas as formas de preconceito.
Ter o olhar empático e compreender cada um; independentemente da idade, todos são capazes de aprender, produzir e evoluir. Lembre-se de que você também será um idoso no futuro, o respeito deve prevalecer sempre.Etarismo é o ato de discriminação às idades, sendo um tipo de preconceito que pode assumir muitas formas, desde atitudes individuais até políticas e práticas organizacionais que perpetuam a discriminação etária. O termo etarismo (ageism) foi utilizado pela primeira vez pelo gerontologista Robert N. Butler, nos Estados Unidos, para descrever a discriminação contra adultos mais velhos.
Olhando o Brasil através da lente etária, a faixa da população com mais de 60 anos é a que mais cresce, como, aliás, ocorre no restante do mundo, trazendo um oceano prateado de oportunidades para a economia. Uma curiosidade sobre este processo é que as mulheres continuam sendo maioria.
Ainda que o envelhecimento da população seja uma das quatro megatendências para o século XXI, o ESG – que trata de um conjunto de práticas e padrões para avaliar a sustentabilidade e governança das organizações – ao aproximar a sua lente para questões relacionadas à Diversidade, parece ter esquecido do etarismo, que de acordo com o relatório de 2021 da Organização Mundial da Saúde, custa bilhões de dólares às sociedades.
O etarismo é o preconceito de idade, mais contundente para os idosos. De acordo com a OMS, no mundo, uma a cada duas pessoas têm atitudes discriminatórias que pioram a saúde física e mental dessas vítimas do preconceito. Para se ter uma ideia dos impactos do etarismo apenas na esfera do trabalho, um estudo aponta que na Austrália, se apenas 5% mais de pessoas acima de 65 anos estivessem empregadas, haveria um acréscimo anual de 48 bilhões de dólares australianos na economia.