A fotografia nasceu das tentativas de aperfeiçoamento dos métodos de impressão sobre papel, dominados pelos chineses no século VI e difundido na Europa seiscentos anos antes que Joseph Nicephore Niepce inventasse a Fotografia na França em 1826. A Fotografia teve muitos precursores espalhados por diversos Países, gênias pioneiros da fotografia continuaram pesquisando para expandir os limites de suas aplicações com ousadia e criatividade.
Destacamos Gaspar Nader primeira foto área em 1856, Thomas Easterly fotografou um relâmpago em 1847, Adams Whipple fez primeira foto lunar em 1851. O primeiro reporte fotográfico foi Robert Cape, que fotografou a morte de um soldado Espanhol em 1937.
A Fotografia chegou ao Brasil em março de 1840, pelo abade Louis Compt, capelão do navio-escola francês que aportou de passagem pelo Rio de Janeiro. Ele trouxe a ultima novidade de Paris para a cidade, uma equipamento responsável pelo produção de uma imagem fotográfica sem negativo. Desenvolvido em 1837 por Louis Jacques Mandé Daguerre, chamado de daguerreótipo. Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francês radicado no Brasil, Antoine Hercules Romuald Florence. Florence, que chegou ao Brasil em 1824. No ano de 1833, Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato.
O Imperador Dom Pedro II, um fotógrafo apaixonado, também contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da arte no país. Em viagem a Paris, em 1840, comprou um daguerreótipo e, com menos de 15 anos, já registrava as primeiras impressões sobre o Brasil através do equipamento.
A fotografia surgiu no nosso bairro na década de 50, na época do saudoso Bairro Vermelho. Desenvolvidos por alguns pioneiros da superação, das limitações técnicas, das precariedades dos processos fotográficos do século XIX. O primeiro registro da existência de um foto no bairro data da década de 60. O primeiro foto pertenceu ao senhor Raimundo Duarte Pimenta, mas conhecido como “Manteiga” fundador do Foto que levava seu nome, ficava na Av. Mister Hull localizado na vila do seu Fonseca, local onde hoje existe um condomínio. Na sala ficava o atendimento e no quarto o Studio improvisado. Era usada uma câmera fotográfica alemã Rolleifle com tripé que usava filmes preto e branco 6x6 além de refletores para iluminação. As revelações eram manuais e as fotos eram produzidas em ampliador fotográficas.
O “foto Manteiga” teve um período de pouca duração.
Outro foto bastante conhecido dos moradores de Antonio Bezerra foi o saudoso “Foto Iracema” pertencente inicialmente ao Luiz Magrinho, localizado na Rua Hugo Victor nº 44, vizinha a Delegacia de policia. Foi neste foto que fiz minha primeira foto 3x4. La fazia-se todos os tipos de fotografias para documentos 2x2, 3x4, 5x4, 6x5, nesta época todos os documentos era exigido fotografias.
O Foto Iracema tinha um Studio completo, câmera escura para revelação, ampliadores dos mais modernos, conjunto de refletores além da utilização de máquinas fotográficas tipo Yashica-a, Yashica Mat e a famosa Rolleifle. Em 1974 o foto foi vendido para o Sr. Francisco Assis de Almeida por 5 mil cruzeiros ( dinheiro da época) que passa o produzir fotos para eventos sócias, casamentos, batizados entre outros por muitos anos. Depois o Foto Iracema transfere-se para a Rua Tomaz Rodrigues.
Em 1980 Sr. Assis vende para o Sr. Adásio que passa administrar o foto juntamente com o Sr. João Eudes Xavier, neste período as fotos coloridas passa a ser usadas para documentos substituindo as fotos pretas e brancas. Anos depois o saudoso “foto Iracema” foi vendido para o Sr. Cesar que manteve funcionado sem o nome que marcou uma geração de clientes.
Existia um foto na Av. Mister Hull pertencente ao Sr. Valmir Aragão, o saudoso “Foto Delrio” funcionou em uma casa próxima a agencia do antigo BEC. Depois foi adquirido pelo Sr. Edilson de Meneses, mas conhecido como Bita que mudou o nome para “Nosso Foto” funcionou ate seu falecimento em 2016 foi o ultimo foto a permanecer em atividade no bairro de Antonio Bezerra.
Com o surgimento de novas câmeras fotográficas e o domínio das fotos a cores, os grandes laboratórios fotográficos como a Aba filmes, Lima Color, Fujicolor e Esdra Color passarão a produzir fotos de alta qualidade e rapidez, além dos descontos para os profissionais, que pássaro atuar nos eventos sócios no bairro e adjacências. A Igreja Matriz, as escolas nas festas de formaturas, aniversários e casamentos pássaro e ser disputados por fotógrafos que registravam para a posteridade estes acontecimentos.
No limiar do século 2000, a era digital e as novas tecnologias faz surgir o celular com pequenas câmeras fotográficas. A Sharp lança o primeiro modelo comercial de celular com câmera do mundo, foi o J-SHO4, com isso, cada usuário passa a produzir suas próprias fotos e filmagens com boas qualidades. Hoje os fotógrafos com suas máquinas fotográficas são substituídos por celulares de ultima geração, que produz fotos com efeitos além de armazenamento digital.
Hoje podemos assegurar que, após uma história heroica de luta para se afirmar como meio de expressão, não há minguem neste mundo que não tenha sido fotografado ou tirado uma foto ou visto uma imagem fotográfica.
Quero parabenizar aos Fotógrafos do nosso bairro na sua luta constante em busca de uma boa imagem, sem as quais as recordações do passado não existiriam. Eles foram testemunha ocular dos fatos acontecidos, sem as quais, as lembranças dos fatos passados seriam apenas palavras sem vidas.
Aos pioneiros fotógrafos, nossos parabéns nas pessoas de Luiz Magrinho, Francisco de Assis Almeida, ainda atuando como fotografo Valmir Aragão, João Eudes Xavier, Edilson Meneses, Adásio, Raimundo Duarte, João Cesar, Almeida, Assis Doido, José Roberto, entre outros, a todos os fotógrafos que registraram com suas imagens a história dos nossos antepassados, deixando lembranças para as futuras gerações.