Apoio Cultural

Como cirurgião plástico e craniomaxilofacial, quero trazer informações objetivas para orientar a população sobre as fraturas da face — um problema de saúde pública que impacta diretamente a qualidade de vida, a estética e a função.

1. Principais causas de fraturas de face

Brasil (Fortaleza–Ceará e demais capitais):

A maior parte está relacionada à violência interpessoal, acidentes de trânsito (principalmente envolvendo motociclistas), além de quedas em idosos. No Nordeste, a motocicleta é a principal vilã, responsável por mais de 60% dos casos atendidos em hospitais de referência.

Europa:

O perfil é diferente. Predominam os acidentes de esporte e lazer (esqui, ciclismo, futebol), além de quedas em idosos devido ao envelhecimento populacional. A violência urbana tem menor peso estatístico.

Estados Unidos:

Acidentes automobilísticos de alta energia ainda são importantes, mas o destaque fica para violência armada (armas de fogo) e esportes de contato (boxe, futebol americano, hóquei).

 

2. Ossos mais fraturados

Mandíbula – frequentemente em brigas e acidentes de moto.

Órbita – comum em traumas por impacto direto, pode comprometer a visão.

Complexo zigomático-maxilar – altera a simetria facial e a mastigação.

Ossos nasais – as fraturas mais frequentes, mas muitas vezes subestimadas.

 

3. Complicações das fraturas não tratadas ou mal tratadas

Estéticas: assimetrias faciais, afundamento da face, deformidades nasais.

Funcionais: má oclusão dentária, limitação de abertura da boca, diplopia (visão dupla), obstrução nasal crônica.

Psicológicas e sociais: estigmatização, dificuldade de inserção social e laboral. ,

Graves: infecções, sequelas neurológicas e até risco de morte em fraturas graves associadas a trauma craniano.

 

4. Prevenção em Fortaleza e no Brasil

Trânsito: uso rigoroso do capacete adequado, cinto de segurança e respeito às leis de trânsito.

Esportes: uso de protetores faciais em esportes de contato e óculos de proteção em atividades de risco.

Idosos: adaptações domiciliares para evitar quedas (barras de apoio, iluminação adequada, retirada de tapetes soltos).

Violência urbana: políticas públicas de segurança, conscientização social e programas comunitários de prevenção à violência.

 

5. Conclusão

As fraturas de face são uma realidade diferente em cada parte do mundo, mas em comum trazem sofrimento, sequelas e altos custos para a sociedade. No Brasil, especialmente em Fortaleza, a prevenção passa pela educação no trânsito e redução da violência.

A orientação correta e o tratamento especializado, com equipes de cirurgia plástica e craniomaxilofacial, são fundamentais para devolver ao paciente não apenas a função, mas também a dignidade e a estética facial.

 

Dr. Joaquim José de Lima Silva
Cirurgião Plástico e Craniomaxilofacial – CRM/CE 4407
“A face é minha especialidade. A harmonia, meu propósito.”
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