No último dia 29 de maio, Recife foi palco de ações inconsequentes de policiais militares contra manifestantes totalmente desarmados e que não representavam perigo aparente àqueles representantes do Estado de Pernambuco.
O resultado prático foi dois homens sequelados para sempre, inclusive com a perda permanente de pelo menos uma das visões, e uma vereadora que, ao se dirigir à viatura presente no local, foi recebida com spray de pimenta usado geralmente contra alguma transgressão, o que não foi observado na atitude da parlamentar nas várias imagens mostradas nos telejornais.
Mas vamos refletir. Recife simplesmente foi palco do que o bolsonarismo pensa para a República Federativa do Brasil, ou seja, uma porção de militares alienados que não são maioria, sem sombra de dúvidas, enfrentando civis que deveriam estar armado, com base nos ideais bolsonaristas que flexibilizam as exigências para o acesso a armas no País.
Ora, mesmo não sendo um bolsonarista, se o cara sonhou em ter uma arma no cós da calça, ele conseguiu. Daí, ele sai para uma manifestação, se envolve numa situação como a ocorrida em Pernambuco, revida e com isso acende o estopim para o confronto de brasileiros contra brasileiros, ou seja, o sonho bolsonarista do caos.
Sobre as manifestações vale observar que a maioria das pessoas usavam máscaras, mas era impossível fazer distanciamento social, o que pode trazer preocupações quanto ao avanço da covid-19, mas a inquietude passa pela reflexão do quão perigoso é manifestar-se no Brasil de hoje se levarmos em consideração o laboratório do devaneio bolsonarista vivido na cidade do frevo.
Concluo, fazendo minhas as palavras da vereadora Liana Cirne (PT) atingida com spray de pimenta “as agressões policiais obedeceram a um comando e nós precisamos investigar que comando foi esse e de quem foi esse comando".
Recife e o laboratório p/ o devaneio bolsonarista
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- Escrito por: Emanuel Santos
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