Assistindo ao noticiário na sexta-feira (11/6), uma matéria veiculada pela Band me chamou muita atenção. Um garoto do interior de Minas Gerais chamado Heitor, de 9 anos, teve a atitude empática de cortar os cabelos, quando soube que o coleguinha Davi, 10, passaria por um tratamento intenso contra um câncer raro instalado nas vértebras.

Com essa atitude de empatia e amizade, Heitor demonstrou que se importa com o sofrimento do outro. Na contramão desse exemplo do pequeno Heitor que deveria contagiar como o coronavírus vem contagiando o povo brasileiro, o presidente da República Federativa do Brasil mostrou mais uma vez a sua incapacidade de ser empático ou no mínimo respeitoso com os seus subordinados e com o povo brasileiro. 


Referindo-se ao seu ministro da Saúde como “um tal de Queiroga", durante uma coletiva de imprensa realizada, na última quinta-feira (10), o mandatário brasileiro fez questão mais uma vez de mostrar quem manda, desprestigiando o profissional que lá está.


Para além da falta de respeito direcionada a Marcelo Queiroga, o presidente anunciou outra falta de empatia, desta vez com todo o povo brasileiro. 


O líder da nação disse ter pedido um parecer ao Ministério da Saúde para embasar um argumento (documento) que desobrigue o uso de máscara por pessoas imunizadas e ou que já foram contaminadas.


A atitude do presidente não só vai de encontro à boa ação de Heitor relatada no início desse texto, mas também contrapõe todas as orientações de prevenção à Covid-19, uma vez que o equipamento é considerado pelas autoridades de saúde, uma das principais formas de minimizar a proliferação do vírus.


Com isso, o chefe do executivo nacional, que foi à posse do novo presidente do Equador Guillermo Lasso usando máscara, mergulha em águas mais profundas da falta de empatia e caridade tão necessárias para a boa relação humana e para o modelo de ser Cristão que respeita e se preocupa com o próximo.