Muito se tem discutido sobre a existência ou não dos remanescentes, de uma etnia indígena denominados de Tapeba, localizados em área do perímetro urbano do município de Caucaia, área metropolitana de Fortaleza.
A luta empreendida pelos remanescentes dos índios Tapeba pela sobrevivência civil em provar que eles têm direitas as suas terras, que segundo registro datado de 1723 recebera do então capitão – Mor do Ceará, compreendendo cerca de três léguas e meia de comprimento por uma de largura, o que na verdade ainda hoje deveria pertencer-lhes de fato e diretos
Acontece que devido à monstruosa injustiça praticada ao Etnônimo dos Tapeba, gente que não tendo acesso a terra para plantar, é visível o seu estado de miséria latente, sendo que ate os seus costumes e saberes estão pouco a pouco desaparecendo, através de uma etnocídio praticada pela cultura superior que não elimina um povo mais sim, sua cultura, praticada pelos mais velhos. Sua medicina natural utilizado como forma de cura através das plantas é pouca a pouco incorporada à medicina homeopática, suas danças são introduzida no folclore popular deturpando conceitos e tradições culturais dos seus antepassados. Entretanto a luta maior desta etnia sofrida e oprimida se concentra em torno de uma justiça social pelo que lhe é sagrado, reconquistar o direito de uso de suas terras, criminosamente usurpada.
A luta pela sobrevivência e reconhecimento de sua existência civil, aos poucos tem conseguido recuperar uma visão considerada até então periférica. O genocídio praticado contra este povo, registrado através da história desta etnia, são os métodos de extermínio patrocinado por grupos econômicos e pessoas comprometidas com a acumulação capitalista. Para estes grupos qualquer fato ocorrido contra esta etnia, por mais cruel e desumano que seja não é pra repercutir, nem ser noticiado e muito menos para ter força de expressão. E como se o genocídio dos índios fosse algo irreversível, já traçado pelo destino. Daí as pessoas aproveitam esses elementos da ideologia dominante, achar normal que estes índios desaparecem. Esquecem, todavia, que os índios são provam mais evidentes de que a humanidade é vocacionado para a igualdade, para a partilha para o uso comum das riquezas. Já os patrocinadores deste genocídio acham a razão que os leva a negar a existência dos índios no Ceará.
A historiografia das lutas pela sobrevivência indígenas no Ceará teve inicio apartir de 1760, quando o administrador geral de Soure, antigo nome de Caucaia, põe fogo nas casas dos índios, fato este registrado pelos historiadores Lôbo da Silva e Bernardo Casco, fato este acontecido em Nove de maio do mesmo ano. Como isto não bastasse, juízes introduzem aguardente entre os índios para destrui-los. Assassinados decorrentes da ingestão de cachaça envenenada.
Em 1830 os índios de Soure, que sobrevivera a este etnocidio solicitam ao Presidente da Província do Ceará, a restituição dos seus direitos que possuíam. Solicitação esta recebido pelo governo que constitui uma comissão, para promover a medição, restituição e demarcação de suas terras. Estas solicitações ficaram somente na promessa. Em 1846, o Senhor Joaquim José Barbosa, diretor geral dos índios do Ceará, em relatório dirigido ao Ministro dos Negócios do Império, declara ainda existirem na Província do Ceará, mais de dez aldeias de índios selvagens.
Em 9 de outubro de 1863 o Presidente da Província do Ceará José Bento da Cunha Figueiredo declara por extinto a população indígena do Ceará, perante a Assembléia Legislativa. Sem os índios existirem formalmente suas terras podiam ser incorporada ao latifúndio sem qualquer embaraço. A partir deste momento o Estado declara oficialmente que não existiam índios, e passa a proibir qualquer manifestação sobre sua existência. É proibido ser índio na província do Ceará.