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- Escrito por: Inacio Rocha
- Categoria: Sobre o Bairro
Radiolândia, 1956
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Carlos Augusto foi um cantor cearense que fez muito sucesso no Rio de Janeiro, sendo aclamado como cantor revelação em 1952. Sua bonita voz lhe renderia prestígio durante a década de 1950 e 1960, sendo calada bruscamente.
Antônio de Souza Moura nasceu em Fortaleza (CE), em 10 de julho de 1931 (algumas revistas de sua época dão como o ano de 1932).
Ele e sua mãe, Dona Neném, não gostavam muito de seu nome e desejavam que ele se chamasse Antônio Augusto. Ela o chamava de Augusto. Seu pai se chamava Antônio Bandeira de Moura.
Carlos Augusto e suas irmãs cantoras.
Radiolândia, 1955
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Tinha onze irmãos, entre eles, as irmãs Cleide e Adamir, que formariam o duo Irmãs Vocalistas. Um irmão menor também era pianista de música clássica e popular. Os outros irmãos também tinham inclinação para a música.
Em Fortaleza (CE), começou a cantar na Rádio Iracema. Em 1950, foi morar no Rio de Janeiro, estudando no Colégio Pedro II. Foi convidado a cantar como crooner na orquestra da boate Night and Day.
Por volta de 1952, ao lado de Emilinha Borba, fez uma grande excursão pelo Nordeste, em uma caravana que incluía outros artistas. Essa viagem impulsionaria sua carreira no Rio de Janeiro.
Carlos Augusto e Emilinha Borba
Carioca, 1952
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Ao retornar à então Capital Federal, foi contratado pela Rádio Nacional, sendo ajudado pelo também cearense César de Alencar, locutor desta rádio. Aproveitando seu apelido, Augusto, adotou o prenome Carlos, passando a se chamar artisticamente Carlos Augusto.
Ainda em 1952, Carlos Augusto gravou seu primeiro disco pela Sinter. O disco trazia o fox Meu Sonho de Amor, de Paulo César, e o samba canção Briguei com Você, de Hianto de Almeida e Haroldo Almeida. Gravaria vários discos com diferentes estilos musicais, sendo acompanhado em alguns pela orquestra de Lyrio Panicali.
Gravaria ainda peça Odeon e lançaria LPs. Entre os compositores que gravou estão Vinícius de Moraes, Jair Amorim, Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e Evaldo Gouveia.
Sua carreira durou quase 15 anos, onde ele gravou 40 discos 78 rpm e seis LPs, participando também de diferentes coletâneas, atuando nas gravadoras Sinter, Polydor, Odeon e Philips.
Carlos Augusto faleceu em um desastre automobilístico em 26 de outubro de 1968.
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- Escrito por: Viviane Rocha
- Categoria: Sobre o Bairro
José Rodrigues de Freitas - Um homem que tem a ousadia de desafiar o tempo.
Imaginem um homem que nunca parou de sonhar...e que tem a ousadia de desafiar o tempo... é sobre esse homem que vamos discorrer a partir de agora, contando resumidamente a sua trajetória permeada por emoções, desilusões, realizações e persistência.
Nascido no dia 16 de fevereiro de 1915 no município de Paracuru, anteriormente denominado Parazinho, JOSÉ RODRIGUES DE FREITAS tendo como pais Manoel Rodrigues e Ana Ferreira. São seus irmãos Francisco (in memoriam), Raimunda (in memoriam), Manoel (in memoriam), Zilda (in memoriam), Deldía, Lourdes e Maria.
Desde criança, já demonstrava que seria um homem honrado, trabalhador e obstinado em seu desejo de vencer e ser alguém na vida. Daqui por diante vamos designar nosso homenageado pelo apelido no qual é conhecido em todo o Paracuru, ZÉ GUAJÁ, apelido esse herdado de seu pai, por ser muito alvo e corado, semelhante a uma espécie de siri muito comum no nosso litoral paracuruese.
Aos sete anos de idade Zé Guajá começou a vislumbrar as primeiras letras, tendo como instrutora sua mãe Ana, conhecida como D.Naninha, também parteira na região. O tempo passava e D. Naninha lutava para criar seus filhos com dignidade. José Guajá crescia, e já era um rapazinho, trabalhando juntamente com seu pai e o irmão Francisco na agricultura.
Percebendo que, naquela vida, jamais conseguiria realizar seus sonhos, Zé Guajá, com a intervenção de sua mãe, conseguiu seu primeiro emprego, ajudante de comércio do Sr. Manoel Militão por quem, até hoje tem uma enorme gratidão.
Mesmo sendo grato, JOSÉ GUAJÁ, queria ir além, pois acreditava que tinha capacidade de ser mais do que um simples ajudante, já que muitas vezes realizava atividades meramente domésticas. Desiludido, volta para a casa de seus pais, que o acolheram, incentivando-o que dias melhores viriam. Dois dias depois dessa primeira decepção, o destino começou a mudar sua vida.
O Sr. Pedro Nunes, sogro do Sr. Manoel Militão, sabendo que Zé Guajá, não trabalhava mais com o seu genro, convidou-o para ser caixeiro e homem de sua confiança em seu comércio...chegava então a oportunidade que ele queria. O tempo ia passando, porém o destino mais uma vez, mudaria seus os planos. Seu patrão resolvera acabar com o comércio. Desempregado, José, decidiu mudar totalmente de rumo. Resolveu vir pra Fortaleza sentar praça, ou seja, ser soldado.
31 de dezembro de 1936. JOSÉ, muito próximo de deixar sua terra querida e partir rumo a Fortaleza, recebeu um convite para trabalhar novamente no comércio, ironicamente, do seu primeiro patrão, Sr. Manoel Militão. José relutou, mas, felizmente o amor por seus pais e sua terra falaram mais alto, e o jovem arrojado voltou ao comércio, embora acalentando o projeto de partir para Fortaleza.
Passaram-se os anos, e em 16 de Fevereiro de 1942, o encontramos novamente arrumando as malas. Resolvera, de vez, partir para a capital e tentar a vida militar, queria ser soldado. Nos preparativos para a viagem, Zé foi visitar seu amigo alfaiate Jaime Militão, que o convidou para ir até o JARDIM, mais precisamente a casa do Sr. Zeca Batista.
Na conversa, ficaram sabendo que o Sr. Zeca precisava de uma pessoa de confiança para assumir o seu comércio, pois o mesmo já não dava conta de tudo, mas JOSÉ não queria mudar seus planos mais uma vez.
Mais uma vez o destino pregara uma peça em JOSÉ, desta vez, uma peça grande. Dia seguinte, ele recebeu um chamado do Sr. Zeca para conversar. O susto foi maior ainda, pois o homem não queria apenas seus serviços, o queria para sócio. Adeus Fortaleza, pelo menos nesse momento.
Bem apessoado, como se dizia na época, logo conheceu Maura, única filha de Sabino Braúna, moça prendada e de reputação ilibada, além de ser o bem querer do pai e dos seis irmãos homens. Não demorou muito e através de bilhetes e recados surgiu uma forte atração entre os dois... veio o namoro, noivado e o casamento no dia 12 de julho de 1943. Dessa união nasceram 05 filhos: Mauricio, Fátima, Fatimy, Zé Nato e Lúcio.
O sonho de mudarem para Fortaleza finalmente se concretizou em fevereiro de 1958, quando toda a família mudou-se para a cidade grande. Nesse período José arrendou suas propriedades no Jardim e dedicou-se ao que mais ele sabia fazer, o comércio.
O tempo passando e outros sonhos sendo realizados. A casa própria, os filhos estudando, cada um trilhando seus próprios destinos.
Raciocinando que poderia ir além, José aceita convite para ingressar na política e tenta seu primeiro mandato como vereador. Com obstinação, alcança mais um sucesso na sua vida ao eleger-se para o cargo.
Animado e encantado com a vida pública, candidata-se mais uma vez e consegue a reeleição, tornando-se também presidente da Câmara.
Durante seus mandatos, destacou-se como grande defensor da educação, conseguindo a construção de varias unidades escolares nos diferentes distritos de nosso município. Exemplo maior é o Grupo Sabino Alves Braúna e o posto de saúde Maura Braúna construídos em áreas doadas por ele.
Hoje, afastado da vida pública, continua acalentando o sonho de ver sua cidade oferecendo uma melhor educação, mais empregos, uma saúde de qualidade para todos. Zé Guajá, pai, avô, bisavô, tataravô, conselheiro, lutador incansável, orgulho para todos.
Encerramos este capítulo da sua história por agora, pois muito ainda será contado, e nada mais justo do que citar uma frase de sua autoria, que talvez nem lembre de tê-la dito: “Um homem de bem deveria viver 200 anos; os 100 primeiros serviriam para aprender e os outros 100 para realizar".
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- Escrito por: Inacio Rocha
- Categoria: Sobre o Bairro
Pedro de Lara
O barbeiro Benedito Marques de Freitas, o nosso Pedro de Lara, nasceu em Acaraú (CE), no dia 15 de maio de 1934. Filho de um casal de índios Paulino Marques de Freitas e Maria Borges da Conceição.
Um fã incondicional do polêmico personagem do júri do programa de televisão Silvio Santos do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) é o que acontece no distrito de Antônio Bezerra. Um simples barbeiro vindo do interior do Estado do Ceará, torna-se o mais autêntico sósia. Por exemplo, o próprio temperamento nervoso, além dos cabelo, bigodes, altura e gestos do Pedro de Lara de São Paulo.
Quando os curiosos do distrito supracitado, perguntam o seu verdadeiro nome, ele simplesmente responde: "Pedro de Lara", por isso se tornou uma das figuras mais populares até mesmo da cidade de Fortaleza.
O nosso Pedro de Lara foi motivo de matéria exclusiva do jornal O POVO, na edição do dia 24 de setembro do 1978, onde transcrevo um trecho entitulado FRUSTRAÇÃO, a seguir: O Pedro de Lara de Antônio Bezerra tem certeza de que ganharia um bom dinheiro se fosse ao programa do Silvio Santos fazer uma confrontação com o Lara de lá. "Seria sensacional" garante o daqui, o cearense. Mas não acha que seja fácil acontecer isso, o que, de certa forma, não deixa de ser uma das frustações da sua vida.
Este barbeiro da periferia de Fortaleza chamou tanto a atenção, ao ponto de todos comentarem que o Silvio Santos deveria lhe agraciar com o troféu IMPRENSA, pois quando todos o vêem de imediato lembram-se do Pedro de Lara do referido programa.
Esse homem, simples barbeiro do subúrbio, é pai de família pobre e sacrificada, casado com dona Maria Auri des Souza Freitas e tem 6 filhos.
Como prova de sua identificação de Pedro de Lara do Norte, foi caricaturado por Expedito Lima na I Exposição de Caricaturas de Pessoas Populares do Distrito de Antônio Bezerra, no dia 14 de julho de 1992, Foi contracapa do tablóide de O POVO na edição de 14 de julho de 1992 aos 52 anos de fundação do Distrito de Antônio Bezerra, sendo entrevistado pelo repórter Jânio Alves da TV Verdes Mares. Foi homenageado também na II Exposição Fotográfica do Distrito de Antônio Bezerra, como personalidade folclórica.
Por: Onacélio Barbosa Santos
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- Escrito por: Inacio Rocha
- Categoria: Sobre o Bairro
No dia 23 de outubro de 1923 nasce em Acaraú Ceará um lindo menino de olhos verdes que foi batizado com o nome de Egberto Ferreira de Andrade, Filho de José Aristides de Andrade e Maria Alvina Ferreira de Andrade. Cresceu cercado de muito amor entre irmãos de sangue e de criação. Todos os anos viajavam do sertão para a praia acompanhando o gado da família na busca por pastagem. No período chuvoso no sertão da Fazenda Baixa Grande e no seco na Fazenda do Corrente, na praia em Acaraú. Ali cresceu e teve uma vida muito feliz e cheia de aventuras no campo.
Aos vinte e um anos em 1944, em plena segunda guerra mundial, responde a convocação de um recrutador da Aeronáutica que passou em Acaraú prometendo a quem se alistasse um curso para piloto da Força Aérea Brasileira (FAB). Entusiasmado e juntamente com vários amigos, veio prestar o serviço militar na Base Aérea de Fortaleza. Descobriu que foi enganado. Na verdade, a Base de Fortaleza estava em construção e eles foram usados como trabalhadores braçais no desmatamento, escavações e transporte do material de construção. Durante vários meses não receberam qualquer instrução militar. Após uma pequena revolta de sua turma, essa informação chegou ao alto escalão da FAB que determinou a imediata realocação desses homens ao treinamento militar.
Sua passagem pela Base Aérea de Fortaleza, foi muito marcante, tanto que era difícil o dia que ele não contasse alguma história desta época. Dos momentos de folga seus passeios pela praia de Iracema, saltos da ponte metálica, bailes nas pensões do centro da cidade junto com recrutas brasileiros e soldados americanos, da base aérea de prefixo PC, que deu o nome ao atual bairro Pici. Contava que foi destacado para a base dos americanos e fazia rondas num Jeep de guerra, dando segurança ao paiol de munição dos americanos, no atual bairro Antônio Bezerra, especificamente onde hoje está o condomínio da Aeronáutica.
Ao término da segunda guerra, já como civil, começa uma grande história de amor com uma linda jovem loura de olhos azuis, Azenete Castro, grande amiga de sua irmã Aurila. Segundo ele, Aurila o apresentou à Azenete e disse que fazia muito gosto no casamento dos dois. Ele “obediente” logo aceitou a missão e no dia 12 de setembro de 1950 casou com Azenete na Paróquia Jesus, Maria e José de Antônio Bezerra e permaneceu casado por todo o resto de sua vida. Completando 65 anos de união.
Cheios de sonhos, foram morar em Acaraú/Ce. Lá chegando montam um pequeno comércio. Sua família cresce e nascem duas meninas. A alegria e a responsabilidade aumentam, porém os negócios entraram em dificuldades. Então resolvem se mudar para Quixadá. Com as crianças um pouco crescidas surge a preocupação com o futuro delas. Neste momento, Azenete conversando com Egberto firmaram o propósito de oferecer aos filhos a oportunidade de se formarem na universidade e conquistar uma vida melhor. Com esse projeto eles retornam para Fortaleza.
De volta à Fortaleza em 1956, o casal enfrentou e superou grandes adversidades. Egberto, homem do interior, encarou a vida na cidade com o quarto ano primário, se reinventou e aprendeu a arte de fazer e consertar móveis. Estabelecendo, na Avenida Mister Hull, a Movelaria Jesus, Maria e José mudando-se posteriormente para a avenida perimetral, 168. Muito conhecido no bairro Antônio Bezerra pelo seu caprichoso trabalho, conquistou muitos amigos, os quais fazia questão de visitar todos os domingos, à tarde.
Não faltava à missa de domingo na igreja do bairro, onde também batizou seus três últimos filhos. Participava da vida paroquial e tornou-se membro do ECC (Encontro de Casais com Cristo) e sempre ajudava quem precisasse.
Tinha um sonho de ganhar na loteria para ajudar seus parentes. Desenhou muitas plantas de casas que seriam construídas com o dinheiro do prêmio. No entanto, não foi através da loteria que viria realizar o grande sonho. Mas, pelo seu próprio trabalho e esforço como marceneiro criou e formou, na universidade, todos os filhos. Deixando um legado de honestidade, honradez e amor ao trabalho entre todos os que o tiveram a oportunidade de lhe conhecer.
O seu projeto de transformar a vida da família através da educação está concretizado no Colégio Afonso Andrade, fundado em 25 de novembro de 1993, à Avenida Cel. Matos Dourado, 168 em Antônio Bezerra. O nome “Afonso” tem sua origem no pai de Azenete e “Andrade” no pai de Egberto, juntos formam uma assinatura que garante o compromisso de várias gerações, de uma família, com a educação e o seu poder transformador.
Os netos de Egberto e Azenete, filhos de Afonso Andrade (seu filho) e Maria Célia (sua nora), também chegaram à universidade através do Colégio da família, fruto do mesmo sonho da educação transformadora, que atravessou gerações. O Colégio Afonso Andrade, através da educação, tem ajudado também a transformar a história de vida de milhares de outras famílias.
Texto:
José Afonso Castro de Andrade.
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- Escrito por: Inacio Rocha
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João Batista - Um comendador do Barro Vermelho
Nasceu em SANTA MARIA, atualmente TAPERUABA distrito de SOBRAL, zona Norte do Estado do CEARÁ, no dia 08 de julho da 1937, filho de: Antônio Rogério Teixeira e Guiomar Pereira Cunha, ambos falecidos.
Seus primeiros anos de existência foram extremamente tranquilos e vivenciados num clima modesto e interiorano, já que, naquela longínqua vila o progresso e evolução científica mundial era praticamente desconhecido, pois os meios de comunicações eram extremamente precários e de difícil acesso, sendo poucos os que tinham rádio à bateria.
Iniciou seus estudos em Taperuaba dando prosseguimento no distrito de Antônio Bezerra, tendo concluído o primário conjuntamente de José Maria Santos, seu amigo de infância.
Em 1947 falecia seu pai e com apenas 10 anos de idade iniciou sua batalha visando cooperar na sobrevivência de sua família e desta mesma maneira assim agiu seu amigo repórter e fotógrafo Beto Cruz.
Educado numa família simples, porém laboriosa e digna, enfrentou muitas dificuldades mas possuindo um ideal firme e um propósito supremo de servir, obteve sempre êxito mesmo nos mais árduos trabalhos, ao lado do microempresário Carmelio Santos, seu amigo de juventude.
Trabalhou como tropeiro, como comerciário em diversos pontos comerciais em Taperuaba descobrindo a partir daí seu tino comercial a exemplo do seu amigo e antigo vizinho Dedé Santos. Boca rica da zona Franca de Manaus.
Em 1959, após a família já estar estabelecida em Fortaleza veio e registrou uma pequena mercearia já na rua Martins Neto esquina com São Salvador, hoje rua Francisco Barbosa Pinheiro ou Rua Fanca Pinheiro no bairro Antônio Bezerra. Desde esta época, esteve sempre pronto no atendimento a seu maior freguês Ivanildo Aguiar de Souza. Sua freguesia, visando principalmente reconhecer seus fregueses como verdadeiros amigos, a exemplo do desportista José Carlos ribeiro, o Zé Carlo. Dando continuidade ao seu objetivo transferiu-se para a rua Martins Neto esquina com vale costa em prédio já de sua propriedade, vizinho do Agostinho Feitosa, vindo no início de 1971, transforma-se em depósito de Material e Construção com o apoio do pintor artístico João Santos e da microempresária da confecção Detinha Santos.
Através do depósito São João (J. Rogério & CIA LTDA), teve oportunidade de ver o bairro antes tão pequeno transformar-se em um grande e próspero bairro de Fortaleza. Sente-se honrado em ter podido cooperar com a edificação de pontos essenciais a vida atual de nosso bairro Antônio Bezerra. Pode-se citar: a construção do Posto Policial e de muitas residências por exemplo a do Policial Militar Paulo Sérgio Gaspar de Araújo, que hoje fazem parte do cenário de nosso antigo Barro Vermelho. Estava sempre pronto a cooperar com qualquer evento que promovia a comunidade do grande Antônio Bezerra, merecendo assim receber a comenda Barro Vermelho, sua terra adotiva.
Apesar de não esquecer sua terra natal, Antônio Bezerra é sem dúvida um referencial de extrema importância em sua existência, já que aqui se estabeleceu e formou um lar, onde o amor é a pedra angular que norteia a sua vida.
Onde sem sombra de dúvida teve total apoio do hoje Comendador José Maria Santos da ordem do Barro Vermelho.
Através da união conjugal com a professora Maria da Penha Pinheiro Rogério teve 3 filhos, frutos de uma união Cristã onde tudo é procurado realizar a luz da palavra de Deus. Os filhos são: Márcio Flávio Pinheiro Rogério, graduado Engenheiro Mecânico na UFC, Ana Flávia Pinheiro Rogério graduada em Terapia Ocupacional pela Unifor e história pela UECE e Marcos Cláudio Pinheiro Rogério, graduado em Medicina Veterinária pela UECE. Todos contemporâneos do Desportista João Ferreira da Silva, o João Leite do Noite, ou Joãozinho.
Faleceu aos 84 anos, no dia 31 de agosto de 2021.
Por: Onacélio Barbosa Santos