Você já imaginou o Brasil sem as redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Tik Tok e Kwai? Em tempos de interatividade e conectividade, seria uma decisão à altura da Medida Provisória que reflete os pensamentos do presidente da República e de seus seguidores que, em sua maioria, primam pela desinformação, notícias falsas, propagação do ódio, ameaças e incitação a ações antidemocráticas.

A MP apresenta, entre outros detalhes, obstáculos para as plataformas removerem conteúdos notadamente falsos ou que disseminem ódio e ameaças, sob o argumento de garantir e estabelecer direitos aos usuários de redes sociais. O tal ato normativo vai ao encontro do que pretende o homem do Planalto e seus discípulos de manter vivas mentiras e informações deturpadas, sobretudo em relação aos cuidados com a, ainda existente, pandemia, sem falar nas inúmeras falácias que envolvem o trabalho do seu algoz, o Poder Judiciário, e as agressões gratuitas àqueles que não comungam de seus ideais antidemocráticos.

Com a medida provisória, o presidente atropela sem piedade, o Marco Civil da Internet que demorou anos para ser apreciado, votado e, finalmente, posto em prática em 2014. O modus operandi visto e usado nos Estados Unidos pelo vencido Trump, se apresenta no Brasil por meio desse dispositivo presidencial, que determina a “justa causa e motivação” para o cancelamento ou suspensão das funcionalidades das redes sociais para aqueles que transgridem os padrões de racionalidade.

Parando para pensar friamente, é impressionante imaginar que alguém pense que fazer ameaças, difundir notícias falsas, atentar contra o estado democrático de direito e contra a constituição não são crimes ou, no mínimo, um desserviço ao país. Mas acredite, é assim que pensam os “bolsonaristicamente" corretos.

Finalizo o raciocínio com a real ideia de que seria uma boa para as plataformas sociais darem um tempo do Brasil.