Estamos no tempo mais importante da fé cristã, a quaresma. Ela representa os 40 dias que antecederam a ressurreição de Jesus Cristo, tida como a principal prova de superação da vida sobre a morte. Nesse tempo, as igrejas cristãs recomendam a prática mais intensa do jejum, da oração e da caridade, que são atitudes destacadas com ênfase, inclusive, na liturgia diária.

 

Paralelo a esse tempo religioso, também se vive um tempo estranho de gente esquisita que poderíamos classificar como os cristãos assintomáticos. Eles defendem práticas individualistas, ressaltam o mérito como certeza de conquistas individuais, condenam formas de amor e ainda posam com “arminha” na mão defendendo o uso bélico para a solução de diferenças, ou seja, olho por olho, dente por dente, assim como no tempo que antecedeu a vinda do salvador.

Ainda nesse cenário destoante do pensamento efetivo de Cristo, o cristão assintomático nega a ciência para transformar templos em comércios da fé e também “paga” de bom cidadão proclamando mentiras (fakenews) em nome da pátria, da família e de Deus.

Essas práticas malsoantes divergem do ideal pregado por Jesus Cristo 2022 anos atrás, quando a humanidade viu um homem promover acolhimento, estimular a redistribuição, respeitar as leis e defender todas as formas de relação humana baseadas no amor e no diálogo.

Como disse antes, nesse tempo estranho paralelo ao da Quaresma, com gente esquisita que expõe admiração pelo nazismo, cheira cocaína em bundas, faz proselitismo ao turismo sexual, Deus me livre desse tipo de cidadão de bem, que se diz conservador e principalmente do cristão assintomático.